Importante conceituarmos o amor como uma busca da unidade, da união em tudo que existe. É pensarmos em termos de humanidade, algo muito maior que a relação afetiva homem-mulher. No entanto, ainda estamos aprendendo a amar e, por isso, ainda condicionamos o amor aos nossos desejos, vontades e a carne.
A forma como vemos o amor hoje vem de longa data, quando a ideia de alma gêmea começou a se espalhar. A alma gêmea traz junto consigo a ideia de que alguém chegará para completar a nossa felicidade. E se esse alguém não chega, então, estamos fadados à infelicidade.
Amor é algo que integra os seres e não algo que os completa, uma vez que foram todos criados como seres completos. Nesse momento, cabe-nos lembrar que a felicidade é um estado interno e uma conquista individual.
A ideia de encontrar alguém que nos complete pode ser uma das explicações para as chamadas “dores do amor”. Quando não recebemos da outra pessoa aquilo que gostaríamos, começamos a sofrer, permitindo que cresça em nós a carência, nos tornando ainda mais dependentes do recebimento de carinho e atenção.